(Para Lélia Gonzalez)
.
Branco não trepa
se estrepa
não mete
comete, apenas
o ato sexual;
.
cê é loko, fi?
chei de razão
o Pai, o pá!
não pode nem sentir
o repique do rebolo
rebolando
sobre a própria caixa de catarro…
.
deus Castrado
exemplo humano Universal
das galáxias;
o caminho,
a verdade,
e a vida… vida?
.
Já, Lélia…
Aff!
sedução no olhar
de quem amola a língua
pra cortá um taio de carne
no corpus da mente
.
Tipo Fanon declamando Césaire
Akotirene teorizando o abebé de Oxum
Douglas barreando o Hegel
Clélia prestes a encarnar a hooks
enquanto Renally oferece Rosas ao Guimarães
.
Pensar com a erótica da língua
falada
molhada
sentida
na pele
da alma,
em seu calor excitante…
toques eróticos
dengo de corpus
que pulsam
em corpos
que falam!
.
e o Branco
esprito santo
de porco,
cujo a mãe
(de fato, afeto e repulsa)
é a mu-cama
a dom-éstica…
não nega, denega
(em Nome do Pai)
o monstro em si
mimado
perverso…
Ele precisa morrer!!!
.
Já a Lélia,
mana!!!
sua língua
Alíngua
machuca
cutuca
fere…
mas denga!
Pois sabe
pra Ele morrer, a mulata também!
(mas não deixar de sambar)
.
E Cumé que a gente fica? EXCITADO, porra!
Por Deivison Nkosi (05/11/2021).